Aracaju - SE | Berlan Turismo
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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Aracaju - SE


Em abril de 2008, Aracaju surpreendeu o Brasil ao ser declarada pelo Ministério da Saúde a capital brasileira que oferece aos moradores a melhor qualidade de vida do país. E boa parte das razões que fazem a capital sergipana conseguir tal indicativo pode ser sentida pelos visitantes em apenas uma caminhada pelas ruas da cidade.

O grande diferencial é contar com toda a estrutura de capital, mas com um jeitinho de cidade do interior, onde as ruas não estão superlotadas de pedestres ou carros, o ar é puro e as pessoas se conhecem pelo nome e tratam os visitantes com alegria e cordialidade. Só não se esqueça de ter sempre uma garrafinha d'água em mãos, pois o calor é intenso.

Com pouco mais de 520 mil habitantes, de acordo com o Censo de 2007, Aracaju é um convite para longas caminhadas. Nos agradáveis calçadões da Orla de Atalaia e da avenida Beira-Mar, no bairro 13 de Julho, é possível saborear a brisa constante enquanto se acompanha a sucessão de belas imagens do mar ou da vegetação que cobre o mangue, ambiente sobre o qual boa parte da cidade foi construída desde 1855, ano da inauguração, por Inácio Joaquim Barbosa, então presidente da província de Sergipe. As ruas, incrivelmente limpas, aumentam o prazer do passeio, feito tanto sozinho como em família.
De carro ou ônibus, a sensação não se altera. É simples e rápido alcançar praias e pontos turísticos em toda a cidade, pois a quantidade de veículos em Aracaju não se compara à das grandes metrópoles. E, se faltar o carro, não se preocupe: vá de táxi. A quantidade de empresas concorrentes que oferecem esse serviço é tão grande que a corrida fica incrivelmente barata, mesmo para as localidades mais distantes.

Aracaju tem opções para visitantes de todos os gostos. O entretenimento massivo está garantido em janeiro e junho, com o Pré-Caju, prévia do Carnaval, e o Forró Caju, a maior festa de São João em uma capital brasileira, que reúne 100 mil pessoas por dia gratuitamente nas ruas do centro. Já nas praias é possível encontrar locais com muita gente e barracas com toda a estrutura de atendimento, como na praia do Robalo, ou curtir a sensação de ilha deserta, como em Mosqueiro. Apenas meia hora de carro separa ambas.

Nas boates, forró e música eletrônica podem dividir os mesmos espaços. Com diversos ambientes noturnos que combinam os mais diferentes estilos com harmonia, as entradas, comidas e bebidas são baratas, as pessoas, bonitas e o acesso, facilitado. Vale a pena separar uma noite inteira para desbravar as promoções da Passarela do Caranguejo, na Orla, onde o famoso crustáceo da cidade chega em generosas porções de exemplares imensos.

O diminuto tamanho da capital, assim como o do Estado em si, facilita a integração das regiões no turismo. É possível partir de Aracaju em direção a numerosos passeios no interior sergipano, como na hidrelétrica de Xingó, a ilha de Santa Luzia e o parque Boa Luz, todos localizados fora do município, e até mesmo fazer um passeio de barco até Mangue Seco, terra de Tieta do Agreste, já no extremo norte da Bahia, e voltar com tranqüilidade no mesmo dia.

Apesar da pouca idade da capital sergipana, o turismo histórico também tem sua vez. A proximidade de locais fundamentais para a história da fundação da cidade facilita a compreensão da configuração urbana de Aracaju e a evolução das ruas e bairros a partir do centro histórico, construído com o formato de um "tabuleiro de xadrez", com ruas cruzadas e quarteirões de fácil localização e traslado. Caminhar pelo centro é arriscar-se a topar frequentemente com edifícios do século 19 com muita história para contar. A presença de um guia é desejável para desvendar o passado misturado ao cotidiano.

Gozar das facilidades da tranqüilidade de Aracaju aliada à estrutura crescente da cidade é um convite a repetir a viagem em pouco tempo. Não raro, há turistas que, seduzidos pelo diferencial da capital, aproveitam a forte expansão imobiliária do local para garantir a compra de um terreno e mudam-se para Aracaju em definitivo, prolongando a sensação de feriado. É um risco a se correr diante da experiência de se conhecer a capital da qualidade de vida.

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