2011 | Berlan Turismo
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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Brotas - SP

 

Considerada a capital paulista do turismo de aventura, Brotas é pura adrenalina

Brotas é uma cidade pequena que faz jus à imagem de município do interior de São Paulo. Há uma igreja Matriz, uma rua que sobe e outra que desce, que concentram os principais estabelecimentos comerciais e pousadas, e todo mundo se conhece. Mas com um diferencial: a região é um dos maiores centros de prática de ecoturismo e esportes radicais do Brasil, apelidada por muitos de "capital paulista do turismo de aventura".

Engana-se quem acha que vai conhecer Brotas em apenas um fim de semana. Há atividades suficientes para mais de uma visita. Rafting, bóia-cross, arvorismo, tirolesa, rapel, canyoning, cavalgadas e muitos outros esportes podem ser feitos na cidade, que também tem uma gama de atrações para quem não gosta de sentir frio na barriga.

Com 22 mil habitantes, a cidade do interior paulista recebe cerca de 140 mil turistas por ano e conta com uma estrutura de pousadas e hotéis urbanos e rurais, espalhados pelas fazendas e sítios da região. Para curtir todas as atividades, é necessário ter carro. Quem vai de ônibus encontra dificuldade de locomoção, pois os sítios e fazendas onde são praticados os esportes mais radicais são afastados (a mais perto fica a cerca de 10 km do centro). Algumas agências locais oferecem transporte apenas para os esportes aquáticos, como rafting, bóia-cross, duck, realizados no rio Jacaré Pepira. Sem carro, a opção é táxi até as atrações, o que encarece bastante a estada.





























Quem conhece Brotas não consegue dissociá-la da figura do cantor Daniel, que nasceu ali, e da música sertaneja, estampada e tocada em fazendas, restaurantes e lojas da região, que faz sua festa do peão em julho. A cidade serviu de cenário para a refilmagem de "Menino da Porteira", longa dirigido por Jeremias Moreira que tem o cantor como protagonista.

Localizada a 240 km da capital, na Chapada Guarani, da qual também fazem parte os municípios de Analândia, Itirapina, São Carlos e Torrinha, Brotas foi marcada por grandes acontecimentos da história do Brasil. Por conta da usina hidroelétrica que funcionava na cidade, teve luz elétrica antes mesmo da capital. A região, que hoje é conhecida pelo cultivo da laranja e da cana, foi uma das principais produtoras de café durante o período áureo, entre 1920 e 1930, cujas marcas estão nos casarões e na arquitetura em geral da cidade. Das 74 cachoeiras e quedas d'água que estão na região, somente 27 delas estão abertas à visitação. As outras ficam em sítios e fazendas privadas.

É importante entender onde se localizam as atrações de Brotas antes de programar os passeios (é imprescindível pegar um mapa logo que chegar). Isso irá influenciar na programação das atividades por conta da distância de um local a outro. As agências costumam informar e orientar o turista, combinando as atividades, para que possam ser aproveitadas por inteiro.

As atrações concentram-se principalmente ao longo da estrada Municipal Brotas/Patrimônio, e uma das referências para quem segue nesta direção é a igreja de Santa Cruz, que abriga em seu interior uma imagem esculpida em madeira da Nossa Senhora de Brotas, que deu nome à cidade.

Quem visita Brotas para praticar esportes, dificilmente encontra disposição para sair à noite. O Centro de Estudos do Universo é uma opção de passeio noturno para crianças e adultos e tem apresentações aos sábados.

Os esportes podem ser praticados o ano todo, inclusive no inverno. A temperatura fria da água do rio Jacaré Pepira, o principal da região, é suportável, principalmente quando a adrenalina é despertada durante o rafting ou canyoning. As agências abrem de domingo a domingo e a maioria dos passeios e esportes podem ser praticados todos os dias, dependendo somente da procura, pois elas costumam trabalhar com um número mínimo de pessoas para cada uma das atividades, oferecidas duas vezes por dia, às 9h e às 14h.

O melhor horário para fazer os esportes na água ou próximos a rios e cachoeiras é durante a manhã. À tarde, há uma maior concentração de borrachudos que não perdoam nem mesmo quem não tem sangue doce.

Quando fizer as malas, não deixe de levar protetor solar, muito repelente, roupas leves, roupas de banho por baixo e tênis para caminhada, se possível, até mais de um par. Os esportes costumam molhar e sujar, então o ideal é que os acessórios sejam velhos ou estejam preparados para isso. Mochilas também são indispensáveis para carregar os pertences até os sítios.

Com um curto treinamento que é dado um pouco antes do início das atividades e após assinar um termo de responsabilidade, até quem nunca praticou esportes radicais pode experimentar as diferentes alturas e sensações que as aventuras proporcionam. E os guias avisam: o friozinho na barriga é normal e passa. Então, feche os olhos e desfrute. Ou melhor: abra bem os olhos e aprecie a belíssima e revigorante paisagem da região.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Agra - Índia

Lar do Taj Mahal e de outras construções históricas, Agra vale a visita de quem passeia pela Índia

"Foi a mais linda / História de amor / Que me contaram / E agora eu vou contar/ Do amor do príncipe/ Shah Jahan pela princesa Mumtaz Mahal." É para conferir essa história de amor cantada por Jorge Benjor que, todos os anos, milhares de turistas vão a Agra conhecer o Taj Mahal, um dos maiores símbolos de paixão construídos pelo homem. O mausoléu, que foi considerado uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, em 2007, homenageia Mumtaz Mahal (a joia do palácio), a esposa preferida de Shah Jahan, que morreu dando à luz o 14º filho do casal, no século 17.Agra não é uma cidade bonita. A poluição é tanta que a chuva ácida está estragando o mármore de sua maior atração. A maioria dos turistas faz viagens de apenas um dia e vai embora. Mas O Taj e as outras (poucas) opções da cidade garantem que a visita valha a pena. A região em volta do Taj Mahal serve bem os turistas, com hotéis, restaurantes, internet e serviços telefônicos. Algumas atrações ficam afastadas da cidade, mas o acesso é fácil. Com certeza será um dos pontos altos da sua viagem.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Caldas Novas - BH


Caldas Novas é um dos mais importantes pólos turísticos do estado de Goiás e tende a se tornar um grande pólo turístico internacional.
Sua infra-estrutura hoteleira conta hoje com mais de 80 hotéis, das mais diversas categorias, desde os mais sofisticados até os mais simples, todos dotados de piscinas termais para uso de seus hóspedes.
Além das águas quentes, atração principal da cidade, existem outros pontos turísticos que merecem destaque: Parque Estadual da Serra de Caldas Novas

O "Parque Estadual da Serra de Caldas Novas" (PESCAN) está localizado entre os municípios de Caldas Novas e Rio Quente, no Sudeste Goiano e distante somente 5 km do centro de Caldas Novas e a 174 km de Goiânia.
Possui uma área de 123 km2 em formato elipse, sendo o topo constituído de um grande platô, as laterais com encostas que formam muralhas naturais, e o sopé da serra fazendo divisão com fazendas e loteamentos urbanos.
Foi criado em 1970 com o objetivo maior de proteger a área de captação da chuva que abastece o lençol termal, principal agente no desenvolvimento do complexo turístico e de lazer que se estabeleceu na região, fazendo dos municípios de Caldas Novas e Rio Quente, o maior complexo hoteleiro do mundo a utilizar estes recursos termais em associação ao turismo.
Somente em 1998, através de recursos de FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS (como ressarcimento do impacto ambiental causado pela instalação da Usina Hidrelétrica de Corumbá I na região), ganhou moderna e harmoniosa infra-estrutura física com Sede Administrativa, Centro de Recepção, Alojamento para Pesquisadores e Guardas.
Considerado pequeno em termos de proteção do bioma Cerrado, possui contudo uma amostra bem conservada deste ecossistema.
Sua proximidade urbana facilita o acesso da comunidade e dos turistas, o que conseqüentemente obriga a um controle da visitação, de forma que o Parque cumpra sua missão de preservador do Cerrado e do manancial hidrotermal, pois a Serra de Caldas é importante ponto de recarga deste manancial.   Ao mesmo tempo em que promove a visitação, sem causar impacto negativo ao ambiente, o Parque é um agente ativo em Educação Ambiental junto à comunidade e espaço destinado à pesquisa do Cerrado.

Parque das Primaveras
Para conhecer todo o encanto de Caldas Novas, não deixe de conhecer o esquema especialmente planejado para lhe proporcionar total conforto e hospitalidade, o PARQUE DAS PRIMAVERAS está situado em um local privilegiado, ocupando 25 mil m2 de muito verde. Suas instalações estão moldadas à natureza, completando um cenário de rara beleza. Suas piscinas são servidas com águas termais, permanentemente renovadas. Um mini zoológico, poço de água termo-mineral, cascatas, parque infantil enriquecem sua área de lazer. Tudo isso e muito mais você desfrutará em sua estada no HOTEL PARQUE DAS PRIMAVERAS.
Localização: Rua do Balneário Nº 01, Bairro do Turista /Fone: (62) 453-1268
Jardim Japonês
O Jardim Japonês de Caldas Novas foi construído pelo japonês Toshiyuki Murai, hoje residindo no Brasil. É um lugar de grande significado espiritualista e que deve ser visitado na companhia de um guia local treinado, que fará a interpretação dos vários componentes do Jardim.
0 Jardim Japonês tem sua origem no século XIV, quando os monges da seita Zen-Budista saíram da China para o Japão e começaram a se instalar junto aos imperadores e comandantes militares, os shoguns.
O Jardim Japonês é assimétrico, permitindo visões diferentes, dependendo do ângulo em que se estiver. Os monges precisavam de espaços especiais para fazer suas orações e meditações. Por isto, usaram elementos da natureza, como as pedras, as plantas e a água, fazendo arranjos os mais diversos.
Localização: Estrada para Goiânia ao lado do Hotel Império Romano com horários de visitação das 08:00 às 11:00s e das 13:00 às 17:00s todos os dias.

O Lago Corumbá
O Lago Corumbá, sendo um dos melhores locais para praticar esportes náuticos, também é um local com natureza abundante proporcionando um passeio ecológico maravilhoso de barco, lancha ou Jet-Ski.
O Lago Corumbá, que abastece a Usina Hidroelétrica Corumbá I, de Furnas Centrais Elétricas, começou a ser formado em setembro de 1996. A cota (altura) máxima que o lago pode atingir é de 595 metros em relação ao nível do mar.
O perímetro do Lago de Corumbá é bastante recortado. Para circular todo o lago, uma pessoa teria de andar mais de 100 Km. A parte mais profunda do lago está próxima à barragem e atinge 90m de profundidade. Há lagos que demoram até três anos para voltarem a encher. Espera-se que o Lago Corumbá sofra alterações de no máximo 15m, na seca mais severa, ao passo que outros reservatórios chegam a perder até 25m.

Lagoa quente
A Lagoa de Piratininga, também chamado de “Lagoa Quente”, é um dos pontos Turísticos mais bonitos de Caldas Novas.
A Lagoa Quente, oferece toda infra-estrutura de camping, piscinas termais com nascente natural, quadras de areia e sauna.

A temperatura de suas águas podem chegar até 50 graus e está localizada à 6 Km do centro de Caldas Novas, às margens da estrada que liga Caldas Novas a Pires do Rio.Um lugar onde desfruta-se dos prazeres das águas quentes estando em contato direto com a natureza.

Hong Kong - Japão

"Qualquer um que não visitou Hong Kong há mais de um ano não viu realmente a cidade de Hong Kong de hoje..."  
Hong Kong de hoje parece mudar quase que diariamente, com os novos projetos de arquitetura que alteram o visual de lojas, restaurantes e edifícios.(Foto acima ).
Qualquer um que visitou a cidade há mais de um ano não viu como está Hong Kong de hoje.  
A partir de julho de 1999, os visitantes encontram um novo aeroporto internacional , um dos mais modernos do mundo, funcionando 24-horas por dia, inicialmente transportando 35 milhões de passageiros e após a conclusão da expansão são 87 milhões de passageiros.
Há também uma linha nova de trem  que transportará através dos 30 quilômetros de  Hong Kong em apenas 23 minutos, cruzando a ponte Tsing Ma que é a mais longa ponte suspensa  do mundo, com tráfego de trens e automóveis. 
A aquisição mais recente na paisagem de Hong Kong é o Centro de Convenções que se localiza a beira do porto em Chai Wan.

Tsing Ma que é a mais longa ponte suspensa  do mundo

Hong Kong de hoje é uma cidade com muitas personalidades, não é uma mistura do ocidente com o oriente, mas do velho com o novo.
Nesta cidade de contrastes, a fumaça dos incensos queimados nos velhos templos estão bem harmonizados com os modernos edifícios de escritório, e os executivos em seus ternos caros, falando em seus telefones celulares, dando  uma volta enquanto vendedores ambulantes em seus largos chapéus de palha, feitos como há milhares de anos.

O povo aqui cultua muito suas raízes, sejam em suas opiniões ou em relação à religião. Continuam a rezar e fazer oferendas nos mais de 600 templos existentes, jovens, velhos e crianças, em monastérios dispersos através de todo território.
Há o templo de Wong Tai Sin em Kowloon, sempre cheio de seguidores que queimam incensos, rezam e consultam as caixas da fortuna, onde há pequenos manuscritos sobre seu futuro.

Há também o Grande Buda com sua enorme escadaria e milhares de fiéis .

Paris - França



Paris é o destino turístico mais procurado do mundo, e não é para menos. A capital da França transpira romance, elegância, cultura e um estilo de vida.


A maioria dos ícones da cidade podem ser graciosamente avistados numa prazerosa caminhada à margem do Rio Sena, com direito a uma perspectiva do dia-a-dia do parisiense.Entre os principais motivos para se visitar Paris, os grandiosos museus, como o do Louvre e o d'Orsay, a famosa Torre Eiffel, a Avenue Champs Elysées onde o mundo desfila, as igrejas que vão da gótica Notre Dame a neoromânica Sacre Couer, passando pelo deslubre colorido da Saint Chapelle.

sábado, 18 de junho de 2011

Praia de Tambaba - PB

Tambaba é uma praia localizada no município do Conde, litoral sul da Paraíba, a aproximadamente 40 km da capital João Pessoa.
Tambaba é hoje o mais conhecido reduto do naturismo no Brasil.
A praia de Tambaba é dividida em dois setores: um aberto para todo o público e outro apenas para naturistas; os dois setores são divididos por uma escada de acesso, na qual ficam pessoas que zelam pelo cumprimento das regras. Leia detalhes sobre as regras de Tambaba.
Segundo as regras, o naturismo é proibido no setor de acesso público e é obrigatório no setor de naturismo; ou seja, não se pode, salvo algumas exceções, optar por ficar vestido no setor de naturismo.


 
A área de naturismo é supervisionada pela Sociedade Naturista de Tambaba (SONATA). Os governos do município do Conde e do Estado da Paraíba provêem serviços de limpeza, saúde pública e segurança. 
O acesso a todos os setores é gratuito. Existe uma caixa de coleta de contribuições voluntárias. Na escada de acesso, uma pequena barraca vende camisetas e outras lembranças cujas receitas também são revertidas para manutenção da área. 
As normas impedem que a área privativa de naturismo seja fotografada sem permissão. A Secretaria de Turismo divulga algumas fotos. 
A área aberta ao público de Tambaba, apesar de pequena (500 metros), é bastante bonita e vale por si só uma visita.

Praia de Pirangi do Norte - RN

Distante apenas 15 km de Natal, a praia de Pirangi do Norte, no município de Parnamirim, é muito conhecida pelo seu Cajueiro, o maior do mundo, cuja copa tem 8.500 m2, e pelas piscinas naturais. Na área do Cajueiro tem mirante para observar a grande árvore, lojas de artesanatos, produtos regionais e lanchonete.

 Pirangi do Norte, Parnamirim/RN


Maior Cajoeiro do Mundo, Parnamirim/RN

Vale a pena fazer o passeio de barco da Marina Badauê, que tem parada para banho e mergulho nas piscinas naturais, além de visitar outras praias da região. Passeio imperdível. Na maré baixa, os corais ficam acima da superfície da água. Dá até para observar os peixinhos coloridos, sem uso de máscara, em pequenas piscinas.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Aparados da Serra - RS

Aparados da Serra abriga o maior conjunto de cânions do relevo brasileiro, trilhas e parques nacionais gigantescos

A fronteira do Rio Grande do Sul com Santa Catarina guarda o maior conjunto de cânions do relevo brasileiro, um lugar privilegiado para o turismo de aventura. Para lá segue quem gosta de trilhas na mata, vento frio no rosto e banho de rio. Nos mirantes, a centenas de metros de altura, a geologia tem uma beleza assustadora, vertiginosa.

Cânions formam vales profundos, como se fossem montanhas com a garganta aberta. Causa espanto não apenas a altura dos paredões, mas a extensão das formações rochosas por vários quilômetros, percorridos a pé em trilhas fáceis, médias e difíceis. No inverno, o branco da geada ou da neve agiganta ainda mais a paisagem.

Dois parques nacionais concentram as principais trilhas e pontos visitados. No Parque Nacional de Aparados da Serra está o cânion mais famoso, o de Itaimbezinho, cujos paredões chegam a 720 metros de altura. No Parque Nacional da Serra Geral, a falta de estrutura para visitantes não diminui o deslumbramento diante do cânion da Fortaleza, mais alto e mais extenso do que Itaimbezinho.

Em Aparados da Serra, as trilhas do Vértice e do Cotovelo são sinalizadas e protegidas com cercas, na beira dos precipícios. Tranqüilo: turmas do Ensino Fundamental visitam o lugar e tomam a dianteira dos adultos da escola. Na Serra Geral, quem vai pela primeira vez precisa de um guia, especialmente se os planos incluem espichar o passeio até a cachoeira do Tigre Preto ou conhecer os cânions mais distantes, como Churriado e Malacara.

A principal base de apoio para a aventura nos cânions é Cambará do Sul, cidade de 7.000 habitantes, a 180 km de Porto Alegre. A vizinha São Francisco de Paula também se destaca no turismo rural. No lado catarinense, Praia Grande conta com pousadas, condutores para as trilhas e programação de passeios.

Em anos recentes, hospedagens de Cambará do Sul agregaram requintes ao estilo rústico do lugar. Na beira da estrada de terra que leva ao Parque de Aparados da Serra impõe-se um dos três estabelecimentos gaúchos elencados pela Associação de Hotéis Roteiros de Charme: cabanas aquecidas e casa de banhos numa paisagem não menos luxuosa. Confortos como lençóis térmicos e hidromassagem também se fazem presentes em pousadas no centro da cidade.

Para mochileiros com menos cartões de crédito do que disposição para subir montanhas, não faltam quartos simples nos arredores da Igreja Matriz São José e da rodoviária, com calefação e um reforçado café da manhã, providenciais para a sobrevivência na região mais fria do país.

Os cânions com centenas de metros de profundidade nasceram da ação do vulcanismo, cerca de 150 milhões de anos atrás. Sucessivos derrames de magma, resfriamentos e solidificações do basalto desenharam um espetáculo da natureza que provoca reações distintas nos que se aproximam. Há quem grite palavrões, quem chore discretamente por trás dos óculos escuros. Só o medo de cair controla a vontade de sair pulando.

Também os rios contribuíram para os recortes e fendas. 'Ita-imbé' é nome indígena para 'pedra cortada', uma definição exata para as arestas verticais de Itaimbezinho. Mas descrever os contornos abaulados do cânion da Fortaleza é mais difícil. Não fossem rochas gigantes, seriam formas ondulantes. Uma antiga pista de skate para dinossauros? Um lugar desses deixa o turista imaginando coisas.

Além de incentivar a visitação, os dois parques nacionais geminados interromperam o desmatamento que ameaçava a floresta nativa de araucárias, misturada à Mata Atlântica. A trilha do Cotovelo, em Aparados da Serra, fica colorida de pontos vermelhos, que são as sementes caídas das pinhas, alimento para a gralhas, quatis e capivaras. Majestosa na vida adulta, com 30 metros de altura, a araucária ou pinheiro-do-Paraná é um vegetal dióico: tem pinheiro macho e pinheiro fêmea, que é fecundada na polinização.

Os passeios em grupo para os cânions costumam partir pela manhã, quando a paisagem fica mais nítida. Durante a tarde aumentam os riscos de nevoeiro, ou 'viração', como o fenômeno é chamado. De maio a agosto, a visibilidade melhora, em relação aos meses de verão. Vale lembrar que o inverno é bastante rigoroso em Cambará do Sul e cidades vizinhas. Quem planeja a viagem para o verão aproveita melhor as trilhas nos rios e os banhos de cachoeira.

Criada em 1998, a Associação dos Condutores de Ecoturismo de Cambará do Sul foi pioneira nesta atividade, no Estado. Os guias são importantes sobretudo no tema da segurança: turismo de aventura envolve riscos, quedas, trechos inóspitos, e até sustos com animais selvagens. Os guias sabem cortar caminhos, mostrar ângulos surpreendentes, escolher as pedras mais firmes na hora de transpor o arroio que irá formar uma fantástica queda dŽágua.

Em qualquer época do ano, cavalgar é um programão nos campos de cima da serra. Na cultura gaúcha, o cavalo está associado à idéia de liberdade, de partir com pouca bagagem e conseguir chegar em recantos onde um automóvel não chega. Na alto das coxilhas e na beirada dos cânions, por exemplo. Duas importantes festas regionais são a Cavalgada Aparados da Serra, em julho, e a Cavalgada das Prendas, em setembro.

Depois de alguns dias mirando do alto o horizonte sem fim da região de Aparados da Serra, aqueles morros de curvas suaves sem muros ou prédios, fica até complicado voltar para a vida real, cheia de paredes e cortinas fechadas.

Costa Rica

Preservação ecológica é um dos grandes diferenciais de Costa Rica, que já foi até cenário de 'Jurassic Park'

A Costa Rica é um destino sem endereços - isso mesmo, nada de nomes nas ruas ou número nas casas. Por mais que nos pareça estranho, neste pequeno país com aproximados 5 milhões de habitantes acostuma-se com indicações como 'da casa de construções Manolo, 175 metros ao Sul, 200 ao Norte, o sobrado pintado de azul'. É mágico ver taxistas e entregadores acertando precisamente e chegando ao seu destino, sem bússolas ou GPS. E verdadeiramente impressionante quando você mesmo começa a adquirir noções de distância e de localização dos pontos cardeais. Para quem não fica por tanto tempo, ou simplesmente cria seus próprio mecanismos para relacionar-se com o espaço, não faltam outros detalhes interessantes a serem descobertos nesta área estreita da América Central, com divisa com Panamá ao Sul e Nicarágua ao Norte. A Oeste o Oceano Pacífico e, ao Leste, o Oceano Atlântico.

Não é possível afirmar que esta capacidade de localização tão profunda venha de uma relação especial com o meio ambiente. É certo, porém, que a população costarriquenha conta com um sério senso de preservação ambiental, que tem levado o país a destacar-se internacionalmente. Embora tenha um território de apenas 51.100 km², a Costa Rica guarda 5% da biodiversidade do planeta, tem 26% de sua área em zonas preservadas e oferece aos visitantes parques, vulcões e praias com paisagens variadas e belezas paradisíacas. É possível ir do Pacífico ao Atlântico atravessando o país em apenas cinco horas, certo de que em nenhum momento a monotonia tomará conta dos olhos. Em alguns momentos, é possível até mesmo se deparar com alguma paisagem familiar, e não será impressão do turista. A Isla del Coco, parte do território do país, a maior ilha desabitada do mundo, foi cenário do filme 'Jurassic Park'.

Regiões
A Costa Rica está dividida em sete províncias subdivididas em 81 cantões (ou cidades) e estes em 463 distritos. As sete províncias são: San José (onde está localizada a capital, de mesmo nome), Alajuela, Cartago, Heredia, Limón (na região do Caribe) Guanacaste e Puntarenas (estas duas banhadas pelo oceano Pacífico).

Clima
Os microclimas são uma realidade na Costa Rica e a principal surpresa para o visitante de um país de dimensões continentais como o Brasil é experimentar atmosferas absolutamente distintas em flora, fauna ou temperatura em curtíssimos percursos. O país conta com doze zonas climáticas e cada uma tem suas características determinadas principalmente pela umidade e pela altitude. A presença de vulcões é outra variante capaz de alterar o clima, que pode apresentar-se desde quente e úmido (as regiões costeiras têm temperaturas mais elevadas), até verdadeiramente gelado, como no alto das áreas montanhosas. Na média, as temperaturas são amenas, entre 17 e 32 graus.

Existem duas grandes estações na Costa Rica: a estação seca, que ocorre de dezembro a abril e marca a alta temporada turística; e a estação das chuvas, de maio a novembro, período em que costumam se precipitar sobre o país as tormentas tropicais.

Costumes
'Pura vida' é um dos slogans da Costa Rica e seu povo gosta de repeti-lo nas mais diversas situações. Se você pergunta se está tudo bem, diz um olá ou um até logo, 'pura vida!' muito provavelmente será sua resposta. Assim são os costarriquenhos, ou os 'ticos' como eles se autodenominam: receptivos, simpáticos e, em sua maioria, bem humorados e gentis.

O catolicismo é a religião oficial da Costa Rica e também a praticada por quase 80% de seus habitantes. Em todas as cidades multiplicam-se as igrejas ladeadas por amplas praças, configuração que gera um clima singelo similar ao encontrado nas cidades de interior brasileiras. A presença católica também é sentida nos costumes, na forma de um certo conservadorismo. Ainda que alegres e comunicativos na mais clássica latinidade, os 'ticos' tendem a resguardarem um considerável distanciamento respeitoso em suas relações menos íntimas.

Na região de Limón, no Caribe, encontra-se praticamente toda a população negra do país. Vindos da Jamaica para a construção de uma estrada no início do século 20, os negros de Limón comunicam-se em inglês na maior parte do tempo e em geral mostram-se mais expansivos. É nesta região também que ocorre o Carnaval costarriquenho , com desfiles nas ruas e muita música caribenha e africana, no mês de outubro.

Mesa 'tica'
O prato típico costarriquenho chama-se gallo pinto, uma mistura de arroz e feijão preto bastante condimentada com salsas e temperos locais e pequenos pedaços de pimentão. A iguaria pode ser acompanhada tanto por pedaços de queijo branco quente, ovos, linguiça ou natilla, que é uma espécie de requeijão. Toda esta fartura não está reservada para o almoço ou para o jantar, e sim para o café da manhã. O prato foi criado nas áreas rurais do país, em tempos em que os trabalhadores saíam cedo de suas casas e precisavam de suprimento e energia para trabalhos pesados. Hoje, qualquer pequeno restaurante costarriquenho apresenta logo nas primeiras horas do dia suas opções de gallo pinto, que é conhecido como 'o mais 'tico' dos pratos'.

Existe uma grande variedade de frutas e hortaliças no país e a Costa Rica é uma grande exportadora de banana e café. No dia a dia, arroz (bem condimentado) e feijão (preto ou vermelho) ou feijão moído (um purê de feijão preto ou vermelho) e carnes de frango, peixe ou porco formam os cardápios básicos de casas e restaurantes. Na região do Caribe, pode-se experimentar o Rice and Beans local, uma outra versão de arroz com feijão, desta vez em uma variedade desses grãos e temperos que vão de pimentas bastante picantes ao coco ralado.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Vinícolas da Califórnia

 
Variedade de clima e solo põe a Califórnia na rota mundial de degustação de vinhos
Quem assistiu aos filmes "Sideways" (2004) ou "Bottle Shock" (2008) e ficou com água na boca pode percorrer as rotas traçadas pelos diretores ou fazer o seu próprio roteiro de degustação entre as cerca de 2.700 vinícolas do Estado norte-americano da Califórnia. A combinação de clima e solo faz da região um dos principais destinos do mundo para enólogos e amantes do vinho.

A Califórnia é responsável por 90% da produção de vinho dos Estados Unidos e é a quarta produtora mundial da bebida, depois de França, Itália e Espanha, segundo dados do Instituto do Vinho (Califórnia Wine Institute). Anualmente, o Estado atrai cerca de 20 milhões de turistas para as regiões dedicadas à vinicultura, de acordo com o órgão oficial de turismo, California Travel and Tourism Commission.

Todo esse interesse advém da qualidade do produto fabricado e da grande variedade de uvas cultivadas no Estado —cerca de cem, segundo o Instituto do Vinho. Cada variedade de uva tem aroma e sabor próprios, o que contribui para o resultado final da bebida.

Os vinhos produzidos na Califórnia são classificados, em sua maioria, como de mesa (graduação alcoólica de 10° a 13°), espumante (gaseificado) ou de sobremesa (doce). Chardonnay é o tipo mais popular entre os norte-americanos, respondendo por 19% da venda da bebida nos supermercados e lojas de conveniência do país. Outros brancos também fazem sucesso, a exemplo das variedades zinfandel —típica da Califórnia—, sauvignon blanc, pinot gris, viognier, riesling, moscatel e gewürztraminer. Entre os tintos, a Califórnia produz excelentes vinhos dos tipos cabernet sauvignon, pinot noir, syrah, merlot, zinfandel, grenache, tempranillo, malbec, petite sirah, cabernet franc e sangiovese.

Orgulhosos de sua produção, vinicultores californianos dizem que o Estado é a melhor região do mundo para degustar vinhos. "É preciso viajar por toda a França para conhecer as variedades de uva encontradas na Califórnia", diz Jim Fiolek, diretor executivo da Associação de Vinicultores de Santa Bárbara —uma das mais importantes regiões vinícolas dos EUA. Os microclimas e solos de Santa Barbara fazem da região a mais famosa produtora de chardonnay, pinot noit e syrah do país.


Onde ir

Além de Santa Barbara, pelo menos oito regiões californianas se dedicam quase que totalmente à vinicultura —Napa, Sonoma, Mendocino, Lake, Amador, Monterey, Santa Cruz, San Luis Obispo. Embora em menor concentração, também abrigam boas vinícolas as regiões de San Joaquin, Sacramento, Marin, Solano, San Diego, Alameda, San Bernardino e Riverside. Com tanta diversidade, fica difícil apontar a melhor região para degustar a bebida. Todas têm excelentes vinícolas, e o melhor destino depende da variedade de uva preferida do viajante.

Quem conhece pouco deve começar a viagem por Napa —região norte do Estado que fica menos de uma hora de carro de San Francisco— ou por Santa Barbara, a cerca de uma hora e meia de Los Angeles. Além de próximas de grandes cidades, as duas regiões têm grande variedade de uva e de vinhos.

Cada degustação inclui quatro ou cinco tipos de vinho e custa de US$ 10 a US$ 20. É o preço de uma taça de vinho em um bom restaurante.

A maioria dos fabricantes que organizam tour pela vinícola cobra mais, mas alguns oferecem visitas guiadas gratuitas. Os tours são educativos e mostram as instalações e todo o processo de produção da bebida. Muitos turistas contratam tours particulares e vão até as salas de degustação de limousine, de jeep ou de biblicleta.

Quando ir e o que fazer

A melhor época para fazer degustação de vinhos na Califórnia é do final de agosto ao final de setembro, quando a maioria das vinícolas faz a colheita das uvas. Além de ver a correria dos empregados recolhendo a fruta manualmente, o clima do período é dos mais agradáveis —ensolarado e quente durante o dia e fresco à noite. Nessa época, a temperatura média da região pode variar de 23 a 13 graus centígrados. Além disso, setembro é considerado mês de baixa estação, quando os preços das passagens aéreas e dos hotéis caem até 30%.

Degustação de vinhos é programa para casais, solteiros e grupos de amigos. Crianças são admitidas nas áreas de degustação, mas costumam ficar entediadas e acabam levando os pais mais cedo para o hotel. As vinícolas abrem as portas ao público entre 10h e 17h e quem quer continuar a beber vinho deve ir a um bar ou restaurante.

A vida noturna nas cidades vinícolas normalmente se restringe a jantares e não passa da meia-noite. Restaurantes lotam por volta das 19h e fecham as cozinhas antes das 22h. Algumas casas, especialmente em Sonoma e em Carmel —mais charmosa cidade da península de Monterey—, ficam abertas até as 2h, mas servem somente drinques e petiscos.

Quem gosta de atividade "outdoor" tem a opção de fazer balonismo em Sonoma, camping e ciclismo em Napa. Nas regiões também se encontram bons spas e "hot springs" (fontes de águas termais), além do Culinary Institute of America, que tem um restaurante impecável. Em Santa Barbara, Mendoncino e Monterey, há vastos campos de golfe.

Cancún - México

Com atrações naturais e históricas, Cancún é um dos mais divertidos destinos do Caribe

Cancún é um dos principais destinos turísticos do México e não é difícil entender por quê. Localizado na Península de Yucatán, na costa sudeste do país, e banhado pelo mar do Caribe, o balneário está cercado por algumas das mais belas praias do mundo. A visão remete, sem dúvida, a uma obra de arte tropical: a água exibe infinitas gradações azuis e quebra em areias de textura fofa e cor branca, de onde brotam palmeiras que dançam ao sabor do vento.

Tal clima de ilha deserta, porém, é parte de um contexto bem mais amplo: Cancún é um resort turístico por excelência e, sobre sua paradisíaca orla, surgem hotéis de arquitetura imponente e piscinas que parecem fundir-se com as águas marinhas. As opções de entretenimento oferecidas aos visitantes são tão inventivas quando variadas: a cidade está rodeada por outros grandes destinos mexicanos, como a ilha de Cozumel e a Isla Mujeres, e, dentro dessa região, é possível mergulhar com golfinhos, nadar dentro de cavernas, conhecer ruínas maias e se divertir em suntuosos campos de golfe.

E quando o sol de põe sobre a lagoa Nichupté, que permeia Cancún, o lugar ganha outra dimensão: as inúmeras discotecas e bares locais dão o play na música, abrem as garrafas de tequila e a diversão só acabará no final da madrugada.

A alta temporada do turismo em Cancún vigora entre o final de dezembro e meados de abril. O restante do ano é considerado baixa temporada e os preços dos hotéis no balneário diminuem um pouco. Mas há que se levar em consideração um fator importante: a região é geralmente atingida por furacões entre o começo de junho e o começo de novembro. 

Cancún sofreu muitos prejuízos no primeiro semestre de 2009, com a pandemia causada pelo vírus A H1N1 (que teve seu epicentro no México). Mas a situação vem melhorando aos poucos: a taxa de ocupação hoteleira da cidade, que foi de apenas 20% em maio de 2009, já havia subido para 44% no mês de setembro (o normal, porém, seria uma ocupação de pelo menos 70%). Enquanto o pânico provocado pela gripe suína se dissipa, o balneário volta a mostrar ao mundo o que tem de melhor: muitas atrações históricas, naturais e noturnas, perfeitas tanto para um passeio familiar como para uma excursão regada a boemia.

Atacama - Chile

Belezas naturais fazem do Atacama, extensa área desértica no Chile, um oásis impressionante

O norte do Chile é realmente um lugar de extremos. É a região mais árida do planeta, possui o deserto de maior altitude localizado a 2.440 metros, as águas das chuvas não passam de 35 milímetros por ano, e seu solo impermeável lhe garante um aspecto comparado ao de Marte.

Esse é o Atacama, uma extensa área desértica entre as águas frias do Pacífico e as monumentais cordilheiras dos Andes, onde o viajante que busca experiências singulares encontra refúgio sem ter que abrir mão de serviços básicos para a sobrevivência no deserto.

Esse esconderijo se chama São Pedro de Atacama, capital arqueológica do país e pequeno povoado que serve como base para a exploração da região. Esta cidade, que ainda guarda costumes dos povos pré-incaicos que deixaram marcas profundas em seu território, era há 15 anos apenas uma localidade escondida do norte do país que mal recebia visitantes estrangeiros. Hoje, a marca "Atacama" é um produto chileno consolidado no mercado turístico internacional ao lado de Torres del Paine e Ilha de Páscoa.

Mesmo com tanta fama, a cidade ainda preserva seu ritmo particular que permite ao visitante um passeio, a passos lentos, por suas ruas estreitas de terra e casas de adobe com telhados de palha. O clima pacato só é quebrado por alguma festa típica do povoado, como o desfile de Santa Rosa em agosto, ou pelas músicas folclóricas tocadas nas peñas da Caracoles, a principal via de circulação. Turistas de todo o mundo são disputados pelos restaurantes, bares e lojas dessa rua exclusiva de pedestres.


Aliás, o Atacama, que na língua cunza significa "cabeceira do país", é marcado historicamente por disputas e dominações anteriores à chegada dos espanhóis. No ano 400 d.C., a sociedade tiwanaku, proveniente do território onde hoje se encontra a Bolívia, impõe-se hierarquicamente sobre o povo atacamenho. O período seguinte (entre os anos 900 e 1450) foi marcado pelo rompimento com aquela civilização e, conseqüentemente, pelos novos conflitos sociais internos. Foi nesse contexto que o Estado inca expandiu-se e dominou a região do Atacama até que fosse dizimado com a chegada dos europeus, em 1535.

Depois de um parêntese histórico de tantos anos, e com o corpo devidamente aclimatado às altitudes, é hora de explorar o Atacama. Há três formas de se conhecer a região: a tradicional, em que as agências oferecem o mais básico do Atacama como os Vales da Lua e da Morte, além dos gêiseres de El Tatio; o roteiro alternativo, em que as margens do deserto ganham novas dimensões em rotas pouco divulgadas com visitas a petroglifos, povoados de um só habitante e cânions em vales multicoloridos; e a terceira opção, que alia, na medida certa, um pouco de cada um dos dois roteiros anteriores.

Seja qual for a sua escolha, uma imagem será inevitável durante os dias em que estiver sobre solos atacamenhos: o Licancabur, o imponente vulcão cônico de 5.916 metros de altura que separa o Chile e a Bolívia. Quanto mais longe se vai, mais se vê esse vulcão onipresente entre os recortes das rochas gigantes que cercam a região.

A imponente montanha é local sagrado desde épocas anteriores à chegada dos colonizadores, quando ali se realizavam sacrifícios com animais. A prática foi proibida pelos espanhóis, mas o vulcão continua atraindo aventureiros até a lagoa que se localiza no seu cume, além de devotos que uma vez ao ano levam oferendas à Pacha Mama pelo que se conquistou naquele período.

É certo que a escalada de oito horas se dá pela Bolívia devido ao terreno ainda minado da época em que o Chile e a Argentina disputavam terras, mas para o Licancabur não existe fronteiras nem guerras. Por isso, ele segue soberano guardando a região. E ainda dizem que o oásis é pura ilusão. Não no deserto do Atacama.

O clima no Atacama, como em qualquer outra região desértica, é marcado por uma considerável mudança térmica: altas temperaturas durante o dia com quedas bruscas à noite. Chuva? Nem se dê ao trabalho de colocar capa na bagagem. A máxima anual de chuva na cidade foi de 50 mm. As raras gotas de água que caem sobre a região são mais comuns durante o 'inverno altiplânico', entre os meses de janeiro e março. Durante o inverno, as temperaturas variam de 22°C, durante o dia, a 4ºC, pela noite. Em algumas regiões do Atacama, como o Tatio, a temperaturas pela manhã podem chegar a 18°C negativos. No verão os termômetros costumam marcar até 27°C, durante o dia, e 16°C, pela noite. A época da primavera é conhecida pelos fortes ventos, que chegam a quase 100 km por hora.

Aspen - EUA

Localizado no Estado do Colorado, Centro-Oeste dos EUA (Estados Unidos da América), Aspen é um dos mais visitados destinos de inverno do mundo e sinônimo de status e poder entre os norte-americanos. A cidade de 9,5 quilômetros quadrados tem pouco mais do que a metade da área da principal ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco, no Nordeste brasileiro. Seria apenas um ponto no mapa não fosse a fama de suas montanhas, hotéis, lojas e restaurantes de luxo. Além da prática esportiva na neve, Aspen oferece opções de balonismo, ciclismo, camping, escaladas e alta gastronomia.

Com apenas 6.000 habitantes permanentes, a cidade chega a abrigar 27.000 moradores na alta temporada de inverno - de dezembro a março. Durante o período, trabalhadores temporários de diversas nacionalidades e proprietários de imóveis no local misturam-se aos cerca de 250 mil turistas e esportistas que lotam resorts, condomínios e hotéis - dados da prefeitura em dezembro de 2008. Muitos vão para praticar esqui e snowboarding nas quatro principais montanhas da região - Snowmass, Buttermilk, Highlands e Aspen Mountain -, mas há também quem visite a cidade para experimentar os novos pratos dos restaurantes, para comprar artigos de grife ou para desfrutar de finais de semana românticos em chalés cobertos de neve.

Atualmente, Austrália, Brasil e Reino Unido lideram o ranking de visitantes estrangeiros em Aspen. Turistas deixam na cidade em média US$ 346 por dia. Diárias de resorts e hotéis chegam a custar US$ 3000, mas há também boas opções por cerca de US$ 120 por dia. Mochileiros não são comuns na cidade, mas grupos de jovens esportistas costumam se apinhar em condomínios pequenos à beira das montanhas. O transporte público é eficiente e cobre distâncias de até 30 km gratuitamente.

Embaixadores do luxo
Logo na chegada, no Aspen/Pitkin County Airport, senhores bem educados de meia-idade se apresentam como "embaixadores" da cidade e se oferecem para chamar táxis, encontrar acomodação e para dar informações gratuitamente. Eles são contratados pelas estações de esqui e têm a missão de dar tratamento "VIP" a todos. Não é à toa que cerca de 80% dos visitantes de Aspen nos últimos três anos voltaram à cidade, segundo informações da diretora de marketing de Aspen/Snowmass, Maureen Poschman.

Os fãs da cidade vão desde crianças e adolescentes a casais em lua-de-mel, executivos no ápice da carreira e aposentados. A cidade tem atrativos para todos os gostos e idades.

Na programação de inverno, encontram-se desde shows de rock gratuitos nas bases das montanhas a temporadas de ópera e concertos de música erudita no teatro. Para crianças que não querem esquiar, há opções de patinação e passeios de trenó. Nos arredores da cidade, hot springs (piscinas com águas termais) atraem famílias e casais.

No verão, camping, balonismo, paragliding, ciclismo e trilhas pelas montanhas são opções que atraem outros 250 mil visitantes, segundo a prefeitura.

Aspen/Snowmass tem cerca de 17 mil camas, cem restaurantes, 80 galerias de arte e 200 lojas. Anualmente, as montanhas da região recebem aproximadamente 500 mil turistas. Os moradores da cidade são cordiais e costumam ser prestativos com seus visitantes.

ATRAÇÕES
Christianne González/UOL
Turista pratica esqui em Snowmass
Christianne González/UOL
Restaurantes da cidade oferecem desde petiscos a alta gastronomia
Daniel Bayer/Aspen Chamber/Divulgação
Durante os meses de calor, a cidade tem outros atrativos
Noites animadas
A vida noturna de Aspen pode ser pacata ou animada. Quem manda é o freguês. Não chega a ter o agito de Nova York, mas está longe do marasmo das pequenas cidades norte-americanas. Com turistas de tantas nacionalidades diferentes, os restaurantes e bares lotam e acabam se rendendo aos costumes estrangeiros - servem jantares após as 21h e bebidas alcoólicas até as 2h. Uma noite típica em Aspen inclui jantar por volta das 19h, show até as 23h e drinques nos bares até as 2h. Tudo depende da energia e do bolso do turista.

Os bares oferecem cardápios com tequilas, mojitos, capirinhas e drinques típicos de vários países. As cartas de vinhos oferecem produtos da França, Itália, Austrália, Nova Zelândia e, especialmente, das vinícolas da Califórnia. Nas mesas dos restaurantes, não falta caviar, trufas e foie gras.

Com tanto requinte, não se pode estranhar os preços. Há poucos restaurantes baratos, que vendem pizzas, saladas, grelhados, fritas, sanduíches e sopas. Nesses locais, uma refeição custa cerca de US$ 20 por pessoa. Mais barato do que isso, só mesmo os sanduíches das lojas de conveniência ou das redes do tipo McDonald's. Nas casas mais sofisticadas de Aspen, com direito a chef de cozinha aclamado pela mídia, um jantar com entrada, prato principal, sobremesa e uma taça de vinho não sai por menos de US$ 100 por pessoa.

Os preços de estacionamento, teleféricos e aulas de esqui tão pouco são baixos. Quem passa mais de cinco dias deve comprar pacotes que incluem aluguel de equipamentos, aulas e ingressos com desconto. É difícil visitar Aspen com um orçamento de menos de US$ 250 diários, por pessoa.

Clima alpino
O clima de Aspen é típico de montanha, frio, ensolarado e com baixa umidade. No verão, a média é de 16 graus centígrados, mas pode chegar até 32 graus à tarde e cair para 10 graus à noite. No inverno, a média é de seis graus positivos, mas há dias em que chega a seis negativos, no centro da cidade. No topo das montanhas, a temperatura é ainda mais baixa.

Quem visita Aspen não pode esquecer de levar casaco de nylon com capuz na bagagem. Além de proteger contra o vento e o frio, evita que os fios de cabelo congelem durante as tempestades de neve. Óculos de sol, luvas, cachecol e blusas de lã também não podem faltar. É importante beber muita água e usar filtro solar e hidratante labial todos os dias.

Aspen foi reduto indígena por cerca de 800 anos, até que a riqueza mineral da região atraiu os primeiros mineradores e fazendeiros, em 1879. Era então conhecida como Roaring Fork Valley e somente ganhou o nome Aspen um ano depois.

A chegada dos brancos ao local provocou conflito. Inicialmente, a comunidade indígena Ute aceitou a exploração da terra que habitava em troca de roupas e alimentos. Os problemas começaram quando fazendeiros tentaram fazê-los trabalhar nas terras. O conflito durou pouco, graças à intervenção do governo dos EUA. Costurou-se na década de 80 um acordo que transferiu os índios para uma reserva no Estado de Utah em troca de US$ 1.000 ao ano.

O comércio próspero e a extração da prata levaram à expansão da cidade a partir da base da montanha. Em 1891, Aspen era a maior produtora do metal nos EUA. Com o declínio da prata no final do século, a cidade passou a ser alvo de investidores que viram nas montanhas da região potencial para a construção de um grande resort de esqui. Em 1945, após a Segunda Guerra Mundial, Friedl Fjeifer e Walter Paepcke decidiram fundar a Aspen Skiing Corporation, que começou a funcionar no ano seguinte. Na década de 50, a estação de esqui já era internacionalmente conhecida.

terça-feira, 14 de junho de 2011

João Pessoa - PB

Uma das menores e mais antigas capitais do Nordeste, João Pessoa tem todo o estilo de cidade do interior. Bastante arborizada, com uma orla preservada pela legislação que limita a altura dos prédios, um povo hospitaleiro, belas praias e badalação light, a cidade é contemplada ainda com serviços e infraestrutura de... capital!

Praia do Jacaré: Pôr-do-sol tem música clássica e bela moldura - Foto: Setur João Pessoa
Os turistas, que ainda são poucos, concentram-se nas praias urbanas de Tambaú, Manaíra e Cabo Branco, com barracas, bares e restaurantes. As paisagens mais rústicas e bonitas, entretanto, encontram-se no litoral Sul, na direção de Pernambuco. É lá que está Tambaba, o mais consagrado endereço naturista do Brasil. Já o litoral Norte é point dos surfistas. As águas não são tão claras quanto as do litoral Sul, mas formam excelentes ondas. Quem viaja com crianças deve incluir no roteiro um mergulho nas piscinas naturais de Picãozinho, transparentes e repletas de peixes coloridos.
Com um rico acervo histórico-arquitetônico, João Pessoa guarda imponentes construções barrocas datadas do século 16. A devoção, ainda nos dias de hoje, é bastante forte e representada pelo espetáculo da Paixão de Cristo que atrai fiéis e turistas na Semana Santa. O profano também tem seu lugar e atende pelos nomes de Folia de Rua e Muriçocas do Miramar, reunindo o melhor do frevo e do maracatu, durante o pré-Carnaval. O forró marca presença nas festas juninas, em homenagem a São João. 

Um dos cartões-postais da cidade, o Farol do Cabo Branco sinaliza que João Pessoa é o ponto oriental extremo das Américas – em suas praias, o sol nasce primeiro. Embora emoldurada por uma bela orla, a cozinha da capital não se limita aos de frutos do mar. Porreta mesmo são as receitas do sertão, à base de carne-de-sol e de bode, macaxeira, arroz de leite, feijão-de-corda e manteiga de garrafa. Para a sobremesa, dá-lhe rapadura!

Tibau do Sul - RN

Uma pacata vila de pescadores, a pouco mais de 80 quilômetros de Natal, passou séculos despercebida no mapa. Nos final dos anos 70, porém, os surfistas descobriram as ondas de Pipa e colocaram o povoado na rota dos turistas nacionais e estrangeiros. De lá pra cá, a então rústica praia e o povoado vizinho - Tibau do Sul, que fica a apenas oito quilômetros -, ganharam pousadas aconchegantes, restaurantes com sotaques diversos e bares que fazem a vida noturna de Pipa pulsar forte não só na alta temporada.

Falésias: Formações gigantescas colorem paisagem
Foto: Embratur
O cenário privilegiado – emoldurado por falésias gigantescas – abriga praias para todos os gostos: com e sem ondas, com e sem agito, com e sem barraca, com e sem pessoas... A beleza, que reúne águas transparentes e areia fofa e branquinha, porém, é marca registrada em todas elas, em especial na chamada Baía dos Golfinhos, formada por Madeiros e Curral, onde os mamíferos costumam dar o ar da graça de manhã e à tardinha. Já na praia dos Amores, uma das mais concorridas da região, o astral dos frequentadores faz a fama do local.
Algumas praias são acessíveis a pé. Outras, exigem fazer um passeio de bugue ou de barco – é o caso de Guaraíras, em Tibau do Sul; e da selvagem Sagi, na vila de Baía Formosa. Nos tours marítimos, com sorte, o bônus pode ser nadar ao lado dos golfinhos. Já sobre quadro rodas, chegar à divisa com o estado da Paraíba não é nada complicado. Em ambos os percursos, as paradas para saborear os frutos do mar da região são obrigatórias.

De volta à Pipa, basta dar uma cochilada para recuperar as energias e curtir a noite depois de um jantar caprichado nos bons restaurantes da vila. A ocasião pede um modelito informal, afinal, a esticada será ao som de forró, MPB, música eletrônica, samba, reggae...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Angra dos Reis - RJ

Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, tem uma ilha para cada dia do ano e 2.000 praias
"Se existe um paraíso, é bem perto daqui." A frase foi registrada em carta por Américo Vespúcio para descrever a antiga Vila dos Santos Reis Magos, hoje, Angra dos Reis, uma das mais antigas cidades brasileiras, descoberta por Gonçalo Coelho, em 6 de janeiro de 1502. Distante 166 km da capital carioca, no litoral sul do Rio de Janeiro, guarda uma riqueza histórica, lendas envolvendo piratas, navios fantasmas e naufrágios e muitas, muitas belezas naturais. Oito baías, 365 ilhas e 2.000 praias. Que outro lugar reserva tantas opções para o viajante?

O roteiro turístico de Angra dos Reis está dividido em cinco corredores: Ponta Leste, Centro, Estrada do Contorno, Ponta Sul e da Ilha Grande. Caminhadas por trilhas que levam a cachoeiras ou praias reservadas, passeios de barco que têm como destino ilhas paradisíacas de águas cristalinas ou mergulhos entre peixes coloridos são algumas das muitas opções de lazer proporcionadas pela exuberante natureza da região.

A combinação do verde da mata atlântica com as areias claras, o mar calmo de grande parte das praias e ilhas e suas águas esverdeadas faz de Angra dos Reis um dos destinos mais procurados do litoral do Rio. No entanto, para conhecer Angra dos Reis e tudo que a cidade oferece não basta ficar no continente. É preciso deixar a terra firme, seja contratando um passeio de escuna junto a uma agência credenciada, seja fretando um barco ou lancha (neste caso, a vantagem é poder traçar o seu próprio roteiro).

As águas calmas das praias do continente e ilhas próximas se devem à proteção oferecida pelas ilhas Grande e Gipóia, respectivamente, a primeira e a segunda maiores de Angra dos Reis.

A Ilha Grande, destino que merece alguns dias de sua estadia na região, é um "assunto" à parte. Fica a uma hora e meia de barco do continente e concentra 106 praias (muitas delas semi-selvagens), várias vilas e histórias de piratas. Nela, estão as ruínas do Instituto Penal Cândido Mendes, antigo presídio de presos políticos da época da ditadura.

Da colônia às usinas nucleares
Construções dos séculos 17 e 18, incluindo conventos, igrejas, monumentos e ermidas, predominantemente influenciadas pelo catolicismo, formam o acervo histórico e arquitetônico do local, proporcionando ao visitante conhecer um pouco da trajetória da cidade, que remonta os "grandes ciclos econômicos" da história do Brasil.

No início da colonização, foi uma região cobiçada por europeus para exploração e contrabando de produtos tropicais. Por sua baía repleta de ilhas, serviu de importante entreposto comercial para grandes rotas marítimas vindas da Europa e África. Por suas matas passam estradas que foram de suma importância no período colonial para interligar São Paulo e Minas Gerais ao litoral do Rio de Janeiro.

Foi no século 19 que o município viveu períodos áureos graças ao café, vista o surgimento da Vila Histórica de Mambucaba, que alcançou grande prosperidade econômica com a expansão da lavoura cafeeira e do comércio que alimentava o porto ali existente.

A polêmica implantação da Usina Nuclear Angra 1 (1972-1980), além da instalação do Terminal Petrolífero da Baía da Ilha Grande (1974-1979) e da abertura da Rodovia Federal Rio-Santos (BR-101), redefiniu o "desenvolvimento" da cidade e o tipo de ocupação. O turismo é, sem dúvida, a principal e mais próspera atividade econômica de Angra dos Reis. Sinal disso são os condomínios e as pousadas que ocupam grande parte da orla continental. Mas fique tranqüilo: ainda é possível encontrar muitos pequenos paraísos reservados e praias quase desertas.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Delta do Parnaíba - PI

Parnaíba reúne a biodiversidade da floresta ao preservado encontro do rio com o mar
No coração da "Rota das Emoções", que contempla também Jericoacoara e Lençóis Maranhenses, o Delta do Rio Parnaíba é um espetáculo à parte. Localizado no extremo norte do Estado do Piauí, na divisa com o Maranhão, é o único delta das Américas que deságua em mar aberto e o terceiro maior do mundo. Suas ramificações, braços formados pelo rio antes de encontrar o mar, desenham um arquipélago com mais de 75 ilhas, dunas, lagoas de água doce e uma exuberante floresta tropical que presencia o espetáculo raro preparado pela natureza.

Santuário ecológico de rara beleza, o delta mantém áreas de preservação que protegem seus mangues, igarapés, lagoas naturais e a fauna silvestre construindo uma paisagem aparentemente intocada pela presença humana. Suas principais divisões delimitam o território das maiores ilhas da região, dotadas de boa infra-estrutura para visitação. São elas: Canárias, Igaraçu, Ilha do Caju, Ilha da Melancieira e Tutóia.

Além do precioso cenário construído pelo encontro das águas do Parnaíba com o mar, o litoral piauíense ainda reserva mais surpresas a serem exploradas. Em seus 66 km de extensão, menor litoral do país, nunca o ditado "melhor qualidade do que quantidade" se fez tão verdade. Em suas praias, visitadas quase que exclusivamente por moradores locais, o clima de tranquilidade se faz presente. Água límpida e transparente e algumas rajadas de vento trazem pescadores, banhistas e os praticantes de kitesurf em busca de adrenalina, unindo o prazer pelo esporte à contemplação da costa paradisíaca.

Artesanato
DELTA DO PARNAÍBA
Luiz Citton/UOL
 Pôr-do-sol no Porto de Tatus
Luiz Citton/UOL
Casario histórico no Porto das     Barcas    
Luiz Citton/UOL
Dunas do Delta

O setor artesanal do Estado do Piauí tem muitos motivos para se orgulhar. Considerado um dos melhores e mais bonitos do país, construiu na relação do homem com a natureza suas principais fontes de inspiração. Desde o interior do Estado, onde a forte interação com a terra fez nascer uma genuína vocação para a cerâmica, no litoral encontramos novas vertentes para as artes manuais.

Das fibras da carnaúba e das taboas, os artesãos de Luís Correia e Parnaíba retiram a resistência necessária para executar seus trançados. Móveis, balaios e objetos de decoração surgem de uma infinidade de fitas, que unidas e trabalhadas rapidamente pelas habilidosas mãos desses artistas, preenchem os espaços de casas e apartamentos por todo o país. Com um toque mais feminino, as artesãs da Ilha Grande de Santa Isabel dão cores às palhas e criam verdadeiras obras de arte dignas de figurarem nas mais respeitadas vernissages de arquitetura e design de interiores.

Ainda em Ilha Grande, encontramos as famosas rendeiras do Morro da Mariana. Na sede da associação, o som dos bilros se mistura à gostosa conversa entre as mais novas e as já tradicionais artesãs. Em 2001 elas tiveram seus trabalhos consagrados no São Paulo ¬
Fashion Week, quando o estilista Walter Rodrigues levou as trabalhadas rendas para suas criações.